A decisão da prefeitura de concluir, até esta sexta-feira, os estudos e propor um percentual de reajuste para a tarifa do transporte coletivo em Santa Maria é aguardada com ansiedade pelas empresas de ônibus e por motoristas, cobradores e demais funcionários. É que depende do aumento da tarifa a negociação para a reposição salarial dos trabalhadores do transporte coletivo. O sindicato da categoria, Sitracover, pediu 21,74% de reajuste salarial, já que os funcionários estão desde 2019 com os salários congelados. O pedido foi feito em reunião na quarta, com a Associação de Transportadores Urbanos (ATU).
- Além do reajuste, pedimos que seja pago um valor a mais para os motoristas que estão assumindo a função de cobradores - declarou o presidente do Sitracover, Rogério Costa.
Já Edmilson Gabardo, diretor da ATU, diz ser quase impossível conceder esse percentual. Segundo ele, se fosse dado esse aumento, a tarifa poderia chegar a R$ 6. Atualmente, segundo os cálculos da prefeitura, os custos para manter o transporte coletivo apontam para uma tarifa de R$ 5,50.
- Não tem como dar 21,74%. Se derem isso, a tarifa vai a R$ 6 e o sindicato vai ter de conversar da próxima vez com o diretor do Uber. O transporte público no país está no fio da navalha. Temos 235 ônibus em Santa Maria, mas 100 estão parados. Devido à queda do número de usuários, estamos rodando com 120 ônibus e 15 de reserva - disse Gabardo.
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O secretário de Mobilidade Urbana, Orion Ponsi, havia dito que a tendência é apresentar uma proposta de reajuste intermediária, talvez abaixo de R$ 5, para não pesar demais ao trabalhador e que deve ser votada ainda em fevereiro ou no início de março pelo Conselho Municipal de Transportes. O restante da defasagem deve ser bancado pela prefeitura, que pretende criar também um fundo municipal para subsidiar a tarifa, ajudando a baixar o valor ou evitando novos aumentos.
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